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DESCOBRIMENTOS

DESCOBRIMENTOS

                                                      

A primeira Circum-navegação ao Globo

 

Fernão de Magalhães foi um navegador português que planeou e comandou a expedição marítima que efectuou a primeira viagem de circum-navegação ao globo. Foi o primeiro a alcançar a Terra do Fogo (cujo nome foi dado por ele) no extremo Sul do continente Americano, a atravessar o estreito hoje conhecido como Estreito de Magalhães e a cruzar Oceano Pacífico (cujo nome foi dado por ele).

 

Rota das Especiarias

Portugal, vinha avançando nos seus descobrimentos marítimos, iria ligar directamente as regiões produtoras das especiarias aos seus mercados na Europa. A rota marítima para a Índia contornando África, pelo Cabo da Boa Esperança, foi descoberta em 1497 por Vasco da Gama, resultando em novas rotas comerciais. As rotas terrestres iniciais viriam a ser substituídas por rotas marítimas, dando um enorme impulso no crescimento do comércio, que moveria a economia mundial desde o fim da idade média até aos tempos modernos, impulsionaria uma era de domínio europeu no Oriente.

 

Globo 

Fernão de Magalhães foi um navegador português que planeou e comandou a expedição marítima que efectuou a primeira viagem de circum-navegação ao globo. Foi o primeiro a alcançar a Terra do Fogo (cujo nome foi dado por ele) no extremo Sul do continente Americano, a atravessar o estreito hoje conhecido como Estreito de Magalhães e a cruzar Oceano Pacífico (cujo nome foi dado por ele).

Rota das Especiarias 

 Portugal, vinha avançando nos seus descobrimentos marítimos, iria ligar directamente as regiões produtoras das especiarias aos seus mercados na Europa. A rota marítima para a Índia contornando África, pelo Cabo da Boa Esperança, foi descoberta em 1497 por Vasco da Gama, resultando em novas rotas comerciais. As rotas terrestres iniciais viriam a ser substituídas por rotas marítimas, dando um enorme impulso no crescimento do comércio, que moveria a economia mundial desde o fim da idade média até aos tempos modernos, impulsionaria uma era de domínio europeu no Oriente.

 

A Rosacruz e Portugal

A Rosacruz está intimamente ligada a Portugal, o País das Cinco Quinas, das Cinco Chagas de Cristo (são os 5 centros vitais do corpo);á concretização do V Império. Graças à sabedoria dos membros da Ordem do Templo, se formou a base para que Portugal pudesse cumprir a sua missão de “ dar novos mundos, ao mundo.” De cavaleiros em Terra, iriam ser os do “ oceano”.

  

Ciência Náutica Portuguesa

Apesar da ciência náutica portuguesa remontar ao século XIII, a expansão portuguesa obrigou a uma evolução bastante rápida, uma vez que se tornou necessário superar novos obstáculos, tendo a investigação e evolução estado a cargo de uma elite de astrónomos, pilotos, matemáticos e cartógrafos, entre os quais se destacaram Pedro Nunes (com os estudos sobre a forma de determinar as latitudes por meio dos astros, entre outros) e D. João de Castro (que investigou o magnetismo da Terra).

 

 

Vasco da Gama

Vasco da Gama foi navegador e explorador na Era dos Descobrimentos; destacou-se por ter sido o comandante dos primeiros navios a navegar directamente da Europa para a Índia, na mais longa viagem oceânica até então realizada, superior a uma volta completa ao mundo pelo equador. No fim da vida foi , por um breve período, governador da Índia portuguesa com o título de vice-rei. A armada partiu para Portugal no dia 29 de Agosto de 1498, naquilo que seria uma viagem atribulada, com dificuldades na travessia do Índico. A nau S. Rafael, que se julga ter sofrido um rombo, teve de ser destruída em Mombaça. O irmão do capitão-mor, Paulo da Gama, veio a falecer nos Açores. Assim, só em finais de Agosto ou mesmo já em Setembro de 1499 reentrou Vasco da Gama em Lisboa, mais de um mês depois da chegada da Bérrio, que se adiantara. O rei D. Manuel I recebeu-o e cumulou-o de honrarias e privilégios. E o soberano pôde acrescentar ao seu título de rei de Portugal o de Senhor da Conquista, Navegação e Comércio da Etiópia, Arábia, Pérsia e Índia. Com efeito, os Portugueses não tardariam a regressar ao Oriente para dominarem, durante décadas, as vias comerciais até então dominadas pelos Muçulmanos. Esta primeira viagem de Vasco da Gama à Índia, estabelecendo contacto directo com os países orientais, teve, pois, consequências importantíssimas, influindo e alterando profundamente toda a política, comércio e ciência da época. As grandes repúblicas italianas, com Veneza à cabeça, que tinham sido até então o centro do comércio europeu com o Oriente (por terra), de que lhes advinha toda a riqueza e poderio, cedo viram reduzida a sua importância, substituídos pelos Portugueses. Mesmo os grandes banqueiros passaram a instalar-se em Lisboa.

 

A Descoberta do Caminho Marítimo para a Índia 

Primeira viagem realizada directamente da Europa para a Índia, pelo Atlântico, sob o comando do navegador português Vasco da Gama, no reinado do rei D. Manuel I, em 1497-1499. Uma das mais notáveis viagens da era dos Descobrimentos, consolidou a presença marítima e o domínio das rotas comerciais pelos portugueses. As especiarias eram, desde sempre, consideradas o ouro das Índias. A canela, o gengibre e a pimenta eram produtos difíceis de obter, pelos quais se esperavam caravanas e mercadores experientes vindos do Oriente. O projecto para o caminho marítimo para a Índia foi delineado por D. João II como medida de redução dos custos nas trocas comerciais com a Ásia e tentativa de monopolizar o comércio das especiarias. A juntar à cada vez mais sólida presença marítima portuguesa, D. João almejava o domínio das rotas comerciais e expansão do reino de Portugal que já se transformava em Império. Porém, o empreendimento não seria realizado durante o seu reinado. Seria o seu sucessor, D. Manuel I que iria designar Vasco da Gama para esta expedição, embora mantendo o plano original.

 

Descoberta da Terra Nova

As notícias dos novos mundos eram fascinantes, e como tal,Gaspar Côrte-Real, com o desejo de descobrir novas terras, partiu para ocidente-norte. Após vários dias de navegação, acabou por chegar a uma terra bastante fresca e repleta de árvores, designada presentemente de Terra Nova. Depois abordou outras regiões seguindo ao longo da costa do Norte da América voltando para Lisboa com o objectivo de colonizar a ilha que descobrira. Voltou a partir em Maio de 1501 (desconheço se terá levado colonos portugueses) e nunca mais voltou. O seu irmão Miguel Côrte-Real, partiu à sua procura em 1502, e também nunca mais voltou. Um terceiro irmão, chamado Vasco Eanes quis ir ao encontro dos seus irmãos com duas naus, mas o rei D. Manuel não permitiu. Na realidade, Gaspar não terá sido o primeiro português e Côrte-Real a colocar os pés na Terra Nova, pois João Côrte-Real (pai de Gaspar, Miguel e Vasco Eanes), terá explorado terras Norte-Americanas por volta de 1472. E é também de referir que os navegadores João Fernandes Lavrador e Pêro de Barcelos teriam chegado à Gronelândia e Terra Nova em 1495.Existe uma pedra com 40 tonelas, que esteve dentro de água até 1965 na margem esquerda do Rio Taunton, situada numa região a sul de Boston. Esta estranha pedra estava repleta de gravações. Ao longo de vários anos, e de acordo com várias teorias, as inscrições foram atribuídas aos índios, aos fenícios e aos vikings; quando em 1918 foi detectado na pedra o nome de Miguel Corte Real e a data de 1511 (com o 5 em forma de S, como era característico na época), e em 1951, três cruzes da Ordem de Cristo na mesma pedra. A Pedra de Dighton possui também outros símbolos nacionais como o escudo português em forma de U e o escudo português em forma de V. A pedra está presentemente no museu local. O nome na pedra é atribuído ao mesmo navegador que partiu de Lisboa, e que nunca mais voltou. É muito provável que o capitão Miguel Côrte-Real tenha atingido a Terra Nova e tenha seguido para sul à procura do seu irmão. O local onde está a pedra significa que as embarcações chegaram até terras norte-americanas. Há que salientar e enaltecer a coragem de todos aqueles homens que partiram para o norte e não voltaram a ver as suas terras e aqueles que mais amavam. Mas a questão permanece: O que é que lhes terá acontecido? Talvez um dia alguém descubra um “diário de bordo” algures, que conte o resto da história. João Vaz Corte Real e Álvaro Martins Homem efectuaram viagens no Atlântico Norte, no entanto desconhecem-se pormenores. Quando chegaram à ilha Terceira nos Açores, o capitão da ilha tinha desaparecido. Através de um pedido dos navegadores, foi-lhes entregue a ilha, que foi dividida em duas capitanias. Em 1492, João Fernandes Lavrador e Pêro de Barcelos pedem licença para navegar no atlântico norte. Chegaram à América do Norte onde exploraram terra e ilhas durante três anos. Os mapas feitos a partir do século XVI denominam as terras a norte da Terra Nova, de Labrador. Pensa-se que se deve a atribuição ao facto de ter sido descoberta pelo navegador João Lavrador. Os três irmãos Corte-Real eram na realidade filhos de João Vaz Corte Real. A descoberta da Terra Nova por Gaspar Corte Real foi anunciada por uma nau em 1502, que chegou a Lisboa com homens e mulheres recolhidos na Terra Nova. Miguel partiu à procura do irmão com uma armada de três naus, que se separou na Terra Nova. A nau de Miguel foi a única que não voltou. Em 1505, pescadores de Aveiro e Viana do Castelo pescam na Terra Nova e em 1506, famílias portuguesas emigram para a região e para outros pontos da costa do Canadá. Em 1574, o rei D.Sebastião nomeia Manuel Corte-Real (neto de João, que era filho de Vasco Eanes Corte-Real que foi impedido pelo rei D. Manuel de procurar os irmãos) como capitão da Terra Nova.

 

As Embarcações Portuguesas

Os Portugueses, nos descobrimentos, utilizaram a Barca, o Barinel, a Caravela e a Nau para as suas descobertas e conquistas. A barca é uma embarcação de pequeno porte, talvez de 20 a 25 tonéis, em geral de boca aberta, ou com uma só coberta quando se construíam para viagens distantes. A ré (popa) e a proa eram aguçadas e tinham em geral um só mastro com muito guinda e uma enorme vela de pendão. Foi com a barca que Gil Eanes dobrou o Cabo Bojador em 1434.O barinel parece ter origem no Mediterrâneo. Foi usado em viagens de exploração ao longo da Costa Africana além do Bojador. O barinel é um barco de maior porte que a barca com proa alterosa e recurvada, a popa redonda, o leme de grande porte, dois mastros com vela redonda de arrear e, armava remos para poder navegar sem vento ou na aproximação da terra. A partir de 1441, os portugueses passaram a utilizar caravelas nas suas viagens. Este tipo de navio era um navio adaptado à exploração, rápido, de fácil manobra, apto para a bolina, de proporções modestas e em caso de necessidade podia ser movido a remos e usado como recurso de defesa de algumas armadas. A caravela possuía velas triangulares (vela latina), o que lhe dava possibilidade de fazer um tipo de manobra que nenhuma outra embarcação o conseguira: bolinar – possibilidade de navegar com ventos contrários. A caravela portuguesa era um navio que podia ter um porte que era em média entre os 40 e 60 tonéis, com uns catorze metros de quilha. Geralmente tinha dois mastros com velas latinas, embora as maiores pudessem ter três mastros. Tinha apenas um castelo de popa e uma coberta. A tripulação de uma caravela poderia rondar os 20 ou 25 homens em média. No final do século XV e inícios do XVI sofre ajustamentos que deram à caravela um maior porte - passa a poder transportar 50 homens. No século XVI a importância da caravela diminui, sendo destinadas as missões de apoio. A nau substituiu a caravela nas grandes viagens oceânicas. Era um navio de muito maior porte, mais adequado para o comércio a longa distância, mais resistente à violência do mar e mais poderoso para enfrentar a guerra naval. As naus tinham em geral três cobertas, dois mastros com pano redondo e um com pano latino, a ré, e castelos à popa e à proa. A capitania da armada de Vasco da Gama, tinha cerca de 120 tonéis de porte, e no tempo de D. Manuel, as chamadas naus da Índia chegavam com frequência aos 400 tonéis. A partir de finais do século XVI, algumas das embarcações chegaram ultrapassar os 1000 tonéis. A Nau permitia o transporte de maior tonelagem de mercadorias e tornara-se viável porque aumentara o conhecimento das rotas adequadas para o aproveitamento dos ventos mais favoráveis à progressão das naus.

 

 

Os Descobrimentos 

Portugal foi o reino que iniciou a expansão europeia devido a vários factores, como a sua costa extensa, os bons portos, os conhecimentos náuticos, os conhecimentos cartográficos, o desenvolvimento da construção naval e os conhecimentos de astronomia e de matemática. Os descobrimentos portugueses permitiram a descoberta e conquista de novos espaços, por motivos económicos, políticos, sociais e religiosos. Na época, D. João I de Portugal necessitava de recompensar os seus apoiantes na revolta de 1383-85, a nobreza por sua vez, pretendia cargos e demais privilégios, a burguesia necessitava de desenvolver o comércio, o povo pretendia trabalho remunerado para obter outras condições de vida, e o clero pretendia espalhar a fé cristã. A expansão teve o seu início em 1415, com a conquista de Ceuta, a descoberta das ilhas atlânticas,avançaram progressivamente pelo Atlântico ao longo das costas do continente africano, passaram o Cabo da Boa Esperança e entraram no Oceano Índico movidos pela procura de rotas alternativas ao comércio Mediterrânico. Chegaram à índia em 1498, simultaneamente exploraram o Atlântico Sul e aportaram nas costas do Brasil em 1500, navegando no extremo da Ásia chegaram à China em 1513 e ao Japão em 1543. Os Descobrimentos são considerados como uma das maiores aventuras e façanhas do Homem. Os Portugueses são os responsáveis pela evolução da ciência náutica, dos barcos e da navegação. Anteriormente os barcos usavam os remos como força propulsora principal e o uso da vela era esporadicamente aproveitada com ventos de popa. É apenas a partir do séc. XV, com o estudo e compreensão da acção do vento, que se começa dar um uso adequado à vela latina de modo a um barco poder navegar mais eficazmente contra a direcção do vento. É a altura da verdadeira inovação nos tipos de barcos e aparelhos. A Ordem de Cristo, pela mão do Infante D. Henrique que era desde 1420 governador da Ordem, foi responsável pelos Descobrimentos, razão pela qual os barcos portugueses dos Descobrimentos ostentavam nas suas velas a Cruz de Cristo. Hoje essa tradição é evocada nas velas redondas do N.E. Sagres II (Navio Escola de Sagres)

 

Infante D. Henrique

D. Henrique desde muito novo recebeu uma forte educação moral e religiosa. Dedicou-se muito ao estudo das Matemáticas, e em especial ao da Cosmografia, quando estas ciências apenas começavam a ser conhecidas na Europa, e que ele fez cultivar em Portugal. Foi devido a esses estudos, ás meditadas informações que alcançou de seu irmão D. Pedro, que viajara na Europa e na Ásia, e à leitura dos escritores antigos, que no seu espírito se formou a certeza de que ao norte do Senegal, então considerado braço do Nilo, existiam povos hereges, que comerciavam entre si. Levar a luz cristã ao espírito desses povos e colher fruto do seu comércio, foi o grandioso plano do Infante. Desde a sua infância tivera sempre sonhos a níveis: científicos, queria saber como eram as Terras do sul das Canárias e do Cabo Bojador, comunicacionais, desejava encetar relações comerciais com povos da costa Ocidental Africana, religiosa e ou político, ambicionava espalhar a fé cristã, assim como um "instrumento" de promoção de grande poder económico e político do país e ainda a nível geopolítico tinha por fito saber onde se estendia o poderio dos mouros do Norte de África. Deste modo face à sua ânsia D. Henrique contava apenas 21 anos de idade quando D. João I determinou armá-lo cavaleiro e aos seus dois irmãos D. Duarte e D. Pedro, com as festas publicas de grande solenidade, segundo o costume daqueles tempos. Mas o infante D. Henrique desejava antes receber as armas em verdadeira guerra, para onde o arrastava a sua inclinação e valor. O monarca louvou-o muito, e quando se pensou na tomada de Ceuta, a maior e a mais fortalecida praça de toda a Mauritânia, os três infantes tomaram parte, distinguindo-se na renhida batalha realizada em 21 de Agosto de 1415, sendo e infante D. Henrique quem ainda mais se distinguiu. Foi o comandante da frota do Porto, e o primeiro que saltou em terra. Após a conquista, foi armado cavaleiro, na mesquita de Ceuta, por D. João I, seu pai, juntamente com seus irmãos D. Duarte e D. Pedro. No regresso, foi-lhe doado o ducado de Viseu. Em 1416, D. João I encarrega-o dos negócios de Ceuta e da defesa marítima da costa algarvia contra os ataques dos piratas mouros. Em 25 de Maio de 1420, D. Henrique foi nomeado governador do Algarve e dirigente da Ordem de Cristo, cargo que deteria até ao fim da vida. Tornou-se um fervoroso cristão. No que concerne ao seu interesse na exploração do Oceano Atlântico, o cargo na Ordem foi também importante ao longo da década de 1440. Isso se deve ao fato da Ordem controlar vastos recursos, o que ajudou a financiar a exploração, a verdadeira paixão do príncipe. A primeira honraria permitia-lhe viver na mais austral das províncias portuguesas, a segunda obrigava-o, aos 26 anos, a uma vida de celibatário, ou seja, uma vida de solteiro. D. Henrique instalou-se em Lagos, a poucos quilómetros do cabo de S. Vicente, e daí comandou toda a sua empresa. As motivações e os objectivos das navegações que ordenou têm sido muito discutidas e muito diferenciadas. O que não há dúvida é que o Infante D. Henrique foi o condutor da expansão ultramarina, com as motivações e os objectivos a terem uma evolução natural. A partir de 1422, o Infante envia todos os anos barcos a explorar a costa africana, estudando os ventos e correntes e as novas formas de navegação no mar alto. Em 1426 passa-se o Cabo Não e em 1427, no regresso de uma viagem, levados pelo vento, os navegadores chegam à parte oriental dos Açores, cujas ilhas logo vão ser povoadas. Vão-se aperfeiçoando os instrumentos náuticos, como o astrolábio e o quadrante, bem como cartas de marear mais perfeitas. Em 1434, Gil Eanes passa o Cabo Bojador, pondo fim à lenda do Mar Tenebroso e abrindo novas perspectivas ao avanço das navegações, que vão prosseguir em grande ritmo. O Infante morreu a 13 de Novembro de 1460 em Sagres doando toda a sua herança a D. Fernando, filho do seu irmão D. Duarte a quem tem grande carinho devido ao facto de o ter adoptado. O Infante D. Henrique é uma das figuras mais marcantes da nossa História, sendo igualmente uma figura da humanidade. Cronistas e historiadores retractam-no como uma pessoa exemplar, cruzado, piedoso, um sábio da ciência com especial queda para a Matemática e para as suas aplicações à ciência náutica. As pessoas chegaram mesmo a considerá-lo fantasista quando obrigou Gil Eanes a dobrar o cabo Bojador, supostamente já com o secreto propósito de ir até à Índia.

 

 

A Ordem de Cristo

Foi D. Dinis, o sexto Rei de Portugal, que incentivou a descoberta de novas terras para expandir o Império Português. D. Dinis mandou implantar o pinhal de Leiria, com objectivo de arranjar madeira para as embarcações, e foi ele que fundou a Ordem de Cristo, pedindo autorização do Papa João XXII, o qual aceitou fazendo a Bula. Assim, a Ordem de Cristo veio substituir a Ordem do Templo em Portugal, transferindo os Templários Portugueses para a Ordem de Cristo, protegendo-os do total massacre mandado pelo Papa. D. Dinis queria, de alguma forma, agradecer a ajuda dos Templários pela sua ajuda na luta contra os mouros. A Ordem de Cristo ficou sedeada a partir de 1357, em Tomar. Os membros desta ordem tiveram um papel importante nos Descobrimentos e nas conquistas de novas terras. Tomar foi onde existiu a escola de Capitania e a sede da Ordem de Cristo, onde matemáticos estudaram e criaram novos instrumentos náuticos, e onde grandes navegadores aprendiam a navegar. Grandes Descobridores portugueses como Vasco da Gama, Bartolomeu Dias, Pedro Alvares Cabral e Cristóvão Colombo pertenciam à Ordem de Cristo. Todos estes navegadores tinham o símbolo da Ordem de Cristo nas velas das suas embarcações. Embora Cristóvão Colombo navegasse à mercê do rei de Espanha, não deixava de ser da Ordem de Cristo. Mais tarde, por volta de 1580, Portugal, a maior potência mundial, foi conquistada facilmente por Espanha. O exército de Portugal era um dos melhores do mundo, assim como a sua marinha, mas quando D. Sebastião invadiu o norte de África , perdeu essa grande frota terrestre na batalha de Alcácer – Quibir. A marinha estava em alto mar, protegendo as colónias portuguesas. Daí digo que Espanha conquistou facilmente Portugal. A partir de desse ano a Ordem de Cristo foi obrigada a aceitar navegadores de Espanha. Daí em muitas situações, como em filmes ou em imagens, as embarcações espanholas aparecerem com o símbolo de Ordem de Cristo nas suas velas.

 

DESCOBRIDORES

Cronologia

D. João I, 1383-1433 1394 -

         Nasce no Porto D. Henrique, o Navegador, infante português, filho de D. João I.

    1385 - Aclamação de D. João I que é proclamado rei pelas Cortes de Coimbra. Expansão marítima. Batalha de Aljubarrota.

        1415 - Início dos Descobrimentos Portugueses.

        1415 - Conquista de Ceuta. 1419 - Os Portugueses descobrem o arquipélago da Madeira.

        1424 - Expedição às ilhas Canárias.

        1427 - Os Açores são propostos à colonização.

D. Duarte, 1434-1437

         1434 - Gil Eanes atinge o Cabo Bojador, limite sul das terras conhecidas.

Regência do Infante D. Pedro e rei D. Afonso V, o Africano, 1441-1481

1438 - Regência de D. Pedro, tio do jovem rei D. Afonso V, o Africano.

         1445 - Dinis Dias descobre o Cabo Verde.

         1453 - Gomes Eanes de Zurara: a Crónica e Descoberta da Conquista da Guiné.

         1456 - Descoberta do arquipélago do Cabo Verde.

         1460 - Falece D. Henrique, o Navegador. Pero de Sintra atinge a Serra Leoa.

         1471 - Descoberta das ilhas do Príncipe e de São Tomé. Conquista de Tânger por Afonso V.

         1472 - Gaspar Corte Real descobre Terra Nova.

         1473 - Lopes Gonçalves ultrapassa o Equador.

D. João II, 1482-1495

         1487 - Bartolomeu Dias atinge o Cabo da Boa Esperença.

         1493 - Bula pontifical dividindo o mundo em dois hemisférios.

         1494 - Tratado de Tordesilhas entre Portugal e a Espanha para a repartição dos territórios coloniais.

D. Manuel I, 1495-1521

         1498 - Vasco da Gama chega a Calecut, na Índia.

         1500 - Descobrimento do Brasil por Pedro Álvares Cabral. Dias chega a Madagascar.

         1501 - Envio da segunda Armada ao Brasil.

         1506 - Laurenço de Almeida chega a Ceilão.

         1509 - Os Portugueses entram Sumatra.

         1511 - Diogo Álvares, o Caramuru, na Baía.

         1514 - Jorge Álvares atinge a China, por Cantão.

         1519 - Fernão de Magalhães toca no Rio de Janeio.

D. João III, 1521-1557

          1524 - Nasce Luís de Camões.

         1526 - Os Portugueses estabelecem-se em Bornéu.

         1534 - Inicia-se a colonização do Brasil com a criação das primeiras capitanias.

         1542 - Rodrigues Cabrilho em Califórnia.

         1543 - Os Portugueses no Japão.

         1554 - Fundação de São Paulo, pelos Jesuítas.

         1557 - Os Portugueses estabelecem-se em Macau...

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